sábado, 24 de novembro de 2007

Grupos Áulicos

A forma como os alunos estão dispostos tradicionalmente, em fileiras, também não é válida, pois estes devem aprender uns com os outros, por este motivo, os Grupos Áulicos, que geralmente contém 4 integrantes em cada.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Gráficos de Escada

Os Gráficos de Escada são feitos após as aulas-entrevista e constam dos nomes de todos os alunos e sua classificação conforme os níveis de aprendizagens.

1º degrau- Pré-silábicos 1
2º degrau- Pré-silábicos 2
3º degrau- Silábicos
4º degrau-Alfabéticos
5º degrau- Alfabetizados

Estes devem ficar sempre expostos na sala de aula, sendo analisados com os alunos muitas vezes, aliás, eles próprios tiram suas conclusões sobre seu desempenho e dos colegas, bem como conhecem os nomes dos níveis e o que cada um significa, dando "aulas" para os familiares e outras pessoas envolvidas.

Após atividades do tipo "Agora você lê" e "Agora você escreve" (ditado - oral e escrito) também são feitos gráficos de escada, mas a diferença é que não se colocam os níveis abaixo, mas os números de questões destas atividades.

A dúvida mais freqüente dos docentes e responsáveis é se este método causaria um sentimento de inferioridade ou exclusão pelo fato de (dizem) "estar exposta uma escada com os melhores no alto e os piores embaixo" ou como diriam também "o aluno que não consegue subir os degraus estar sempre vendo seu nome embaixo".

Posso argumentar explicando primeiramente que não há MELHORES ou PIORES, simplesmente há NÍVEIS DE APRENDIZAGEM QUE DEVEM SER RESPEITADOS, outra consideração importante é que TODOS PODEM APRENDER e, sendo assim, os alunos não irão ficar sempre no mesmo nível o ano letivo todo, somente se o profissional em educação não está cumprindo o seu papel e, por fim, há o DESEJO IMENSO de chegar no degrau dos alfabetizados, sendo uma motivação a mais para os alunos.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Exemplos

Abaixo, alguns exemplos de tarefas da Aula-entrevista e da Nave da Zona Proximal.
Modelos extraídos do livro "Aula-entrevista", do GEEMPA, págs. 45 e 44, respectivamente, sendo que o segundo foi exemplificado com o processo de alfabetização de um dos alunos em Tapes.


Tarefas da Aula-entrevista

Síntese das tarefas da Aula-entrevista, para alunos pré-silábicos, silábicos e alfabéticos*:

Escrita do próprio nome: aluno escreve, após trabalha-se partes e transformações do nome.
Leitura do próprio nome: aluno lê, oculta-se partes, questiona-se se continua sendo o seu nome, faz-se leitura das partes e das transformações (trocar letras do meio e extremos, inverter ordem).
Escrita de quatro palavras e uma frase: diálogo, contexto semântico, escrita de palavra dissílaba, trissílaba, polissílaba e monossílaba, nessa ordem e escrita de uma frase, sendo o nome do aluno + verbo + palavra dissílaba. Questiona-se sobre a quantidade de letras, o tamanho dos referentes, etc.
Leitura de um texto: aluno fala e professor escreve, após leitura pelo professor, o aluno lê.
Leitura de quatro palavras e uma frase: reescreve-se de forma ortográfica o que o aluno escreveu anteriormente (3ª tarefa) e pede ao aluno que leia, após oculta-se partes das palavras e frase, com leitura das partes visíveis.
Escrita de um texto: aluno escreve um texto do seu jeito.
Escrita de letras: alfabeto.
Associação das letras com o som das iniciais de palavras: leitura do alfabeto, exemplo de palavras com cada letra.
Unidades lingüísticas: confecciona-se 14 cartões após diálogo e com base na aula-entrevista, após agrupa-se - letras, palavras, desenhos, frases e números.

Observações:
De posse da aula-entrevista feita, o professor classificará os alunos em escadas, sendo uma para cada tarefa exposta acima e, após feito isso, fará a "nave da zona proximal das aprendizagens rumo à leitura e à escrita", acompanhando o desenvolvimento das aprendizagens de cada aluno.

A aula-entrevista deve ser realizada a cada dois meses, sendo que o prazo para a sua aplicação na turma de alunos não deve ultrapassar uma semana.

*Para comprovação de alfabetização, além da Aula-entrevista, é utilizada a associação letra/som no meio de palavras, com leitura de um texto simples, desenho, relato oral da história, escrita e leitura de outro texto escolhido pelo aluno dentre opções.

domingo, 18 de novembro de 2007

Bases teóricas da proposta de alfabetização do GEEMPA

Após leitura sobre a apresentação e título exposto, do livro de Esther Pillar Grossi, "Didática do Nível Pré-Silábico", posso salientar que esta proposta não se constitui somente de atividades diferentes para se ter alfabetização, como substituição aos métodos utilizados atualmente em educação. Deve-se levar em conta as concepções que orientam as propostas didáticas... e, um dos grandes erros dos docentes é justamente este: o não fundamentar-se na proposta que aplicam.

Para "utilizar a proposta do GEEMPA, que tem por base os estudos de Emilia Ferreiro, tem que se compatibilizar com o quadro mais amplo do construtivismo, tal como proposto pela teoria de Piaget, como uma hipótese epistemológica para a prática pedagógica." (Grossi, p.25) Em outras palavras, se o professor optou pela proposta geempiana, deve basear-se no construtivismo, pois do contrário, escolhendo uma outra teoria qualquer (ex: empirismo), seu trabalho será em vão.

Não faz sentido adequar a 'cartilha' com a prática da proposta de alfabetização geempiana. Porém, tendo conhecimento do eixo da proposta, pode-se inserir certas atividades que não foram sugeridas pelo GEEMPA, desde que não se aprenda por imitação de modelos, associação de idéias ou movimentos, do simples para o complexo...

A primeira vertente que distingue essa proposta didática é a da determinação das instâncias que interferem na aprendizagem, interagindo na construção do conhecimento, que são:

* a instância lógica - aquisição de conhecimentos da realidade objetiva, inteligência;

* a instância simbólica ou dramática - organização da realidade subjetiva, inconsciente, os desejos;

* a instância do corpo - o corpo é o lugar onde se realizam as percepções, os movimentos e os afetos, interiorizados para funcionamento das estruturas lógica e simbólica;

* a instância do organismo - o organismo funciona como um aparelho registrador,potencialidade genética, o que caracteriza geneticamente o indivíduo.

Estas instâncias estão inseridas dentro de um contexto sócio-cultural que não deve ser esquecido, bem como o funcionamento e a dinâmica das interligações destas.

Houve época (infelizmente há os que ainda fazem!) em que valorizava-se somente uma destas instâncias, excluindo as demais, porém "o que hoje se considera é a interação entre esses campos: a estrutura lógica, a estrutura simbólica, o corpo e o organismo como resposnáveis pela aquisição dos conhecimentos." (Grossi, p. 28)

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Métodos de Avaliação

São realizados alguns métodos para avaliação tais como: aula-entrevista, gráficos de escada e espaço de problemas.
A aula-entrevista é um meio de classificar os alunos nos níveis psicogenéticos em que se encontram, para formar os grupos-áulicos e planejar as atividades de acordo com estes níveis, acompanhando o desenvolvimento do aluno, já que deve ser feita a cada dois meses.
Para registrar as memorizações das palavras do glossário-alfabetizador, conforme seu desempenho é completado dois gráficos de escada, um para leitura e o outro para escrita, assim, são escritos no degrau do número de acertos os seus nomes.
As atividades propostas para os alunos caracterizam o que é considerado na didática pós-construtivista como um “espaço de problemas”, onde há uma provocação didática que pode fazer sentido a alunos em diversos níveis psicogenéticos, a fim de uma resposta conforme sua aprendizagem. Os espaços de problemas são indicados para unificar uma turma de alunos.
Dessa forma, há um acompanhamento do desempenho dos alunos, respeitando as potencialidades e limitações individuais, tendo por objetivo seu desenvolvimento, autonomia e alfabetização, através do método pós-construtivista, de acordo com o GEEMPA.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

´"Toda a prática tem uma teoria" Paulo Freire

A didática geempiana apoia-se no pós-construtivismo, nascido a partir do construtivismo de Piaget, Vygotski, Wallon e Paulo Freire, pelas contribuições de Gérard Vergnaud (Teoria dos Campos Conceituais) e Sara Pain (Função da Ignorância).

Distingue-se das outras didáticas porque persegue a lógica do processo de aprendizagens do aluno, usando-se de um contexto semântico, e não a lógica dos conteúdos a ensinar. O planejamento didático portanto, é realizado a partir das vivências e caracterização do nível em que o aluno se encontra.

A avaliação, na perspectiva geempiana, tem caráter operacional, ou seja, avalia-se o que o aluno pôde absorver de suas experiências nas variadas situações e procedimentos didáticos, sendo um termômetro para o professor avaliar se suas provocações têm sido adequadas. Enfim, desde que sejam agraciados com provocações inteligentes e oportunas, conclui-se que TODOS PODEM APRENDER.

"Aula-entrevista" - adaptado

GEEMPA na web

Abaixo, vc encontrará várias notícias sobre o GEEMPA, classificadas pelas mais recentes...
Boa leitura!

UFMG, 15 de setembro de 2004

Governo do Piauí, 29 de janeiro de 2003

Correio Web, 21 de dezembro de 2001

Jornal do Brasil, 14 de maio de 2000